Texto
Áureo - “Porque
antes do meu pão vem no meu suspiro; e os meus gemidos se derramam como água. ”
(Jó 3.24)
Verdade
Prática - O
sofrimento pode nos levar a situação de extrema angústia, mas não devemos
perder a esperança no agir de Deus.
Ditado Popular: “A esperança é a última que
morre”.
Refutação: A
esperança só deve morrer com o corpo” (ERN, 28/10/2020).
LEITURA
DIÁRIA
Segunda (Jó 3.1-4) Jó lamenta pelo dia de seu nascimento
Terça (Jó 3.5-7) Jó prefere que o dia de seu
nascimento seja marcado pelas “densas
trevas”;
Quarta (Jó 3.8-10) Que a luz não resplandecesse e ele não olhasse para o sofrimento;
Quinta (Jó 3.11-15) Jó lamenta por não ter morrido no dia do seu nascimento;
Sexta (Jó 3.16-22) Jó deseja ser como um “aborto
oculto” e não ver a luz; (Aborto espontâneo –
diferente do provocado)
Sábado (Jó 3.23-26) O que já temia lhe sobreveio, o que ele receava lhe aconteceu.
Site Tempo de
Restituição: “E muitas vezes o nosso medo, aquilo que mais tememos é exatamente
aquilo que dá ideia para o inimigo usar contra nós. Pois ele sabe que como criar loja o MEDO NOS
PARALISA! O MEDO ROUBA TODA A NOSSA ALEGRIA. O medo nos impede de viver o hoje
e nos inquieta com o dia de amanhã. ”[1]
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE (Jó 3.1-26)
OBJETIVO GERAL (...)
OBJETIVOS ESPECÍFICOS (...)
INTERAGINDO
COMO PROFESSOR
Jó desejou intensamente a morte, visando dar
fim ao ciclo de sofrimento que Satanás lhe impôs;
Apesar de desejar morrer, não buscou o suicídio.
“A
Importância da Religião na Prevenção do Suicídio no Âmbito das Forças Armadas”
“Por
fim, ficou comprovado que a prática religiosa desenvolvida sistematicamente
auxilia de sobremaneira na prevenção ao ato de tirar a própria vida, tendo sido
comprovada com dados estatísticos e pesquisas de opinião.[2]”
Mesmo diante do mais terrível sofrimento, o
patriarca não ousou entrar numa “jurisdição” que pertence somente a Deus.
Lamentou, mas não murmurou
Murmuração 1. .Ato de
murmurar. 2. .Ato de falar mal de algo ou de alguém. = MALEDICÊNCIA.
Lamentação: 1. Queixa
dorida. (Idem).[3]
Jó nos ensina que o único que pode decidir
acerca do início e do fim da vida é
o Deus Altíssimo.
Qual a melhor idade, status social, posição na Igreja, condição
de saúde, forma de morte, para o fim da vida?
“O Senhor é o que tira a vida e a
dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela.” (1 Sm 2. 6).
PONTO
CENTRAL:
O lamento de Jó revela toda Sua dor como ser humano.
INTRODUÇÃO
Na lição anterior vimos de perto o drama vivido por Jó.
Jó foi se considerado “atropelado” o resultado seria: Perda
Total.
Parafraseando o que disse o Pr. Elias na exposição na lição 4 –
O Drama de Jó: “Ninguém entre nós, por mais que
tenhamos sofrido, pode dizer que sofreu como Jó”.
Uma série de calamidades se abateu sobre ele de
forma catastrófica.
Do estado de riqueza e prosperidade, Jó passou
a viver na adversidade;
O infortúnio de Jó: A Grande Queda de um Ser Humano.
Ele não perdeu somente parte dos bens, não perdeu uns
empregados, nem um dos filhos.
O Servo de Deus com grandes virtudes:
Integro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal
Perdeu tudo, menos a esposa “E
serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne.” (Mc
10. 8)
Seus amigos foram para consolá-lo, mas ficaram sem palavras ao contemplarem seu debilitado
estado de saúde.
De Conselheiro-Mor a aconselhado.
Entretanto, depois de sete dias, ele rompeu o silêncio com um lamento que
veio do fundo da alma.
Ficou sete dias no maior sofrimento com três amigos: Elifaz,
Bildade e Zofar, em silêncio.
E conosco? Como acontece? Os amigos chegam se aproximam e oram
sem nos questionar?
Nesse lamento Jó mirou o dia de seu nascimento
e, através de três perguntas, desabafou tudo o que sentia naquele momento:
Por que nasci?
Por que não nasci morto?
Por que ainda continuo vivendo?
Nesta lição veremos a reação humana diante do
sofrimento.
Perceberemos que não há qualquer indício de que
Satanás tivesse alcançado êxito diante de Jó.
Podemos usar como ilustração Jó para a nossa vida, onde Satanás
procura com todos os seus recursos nos tirar do caminho da salvação, mas assim
como perdeu no caso de Jó e perderá nas nossas vidas.
Na perspectiva do patriarca, se Deus era a
causa de sua vida, deveria também ser a causa de sua morte, pois se dEle vinha
o bem, também deveria vir o mal.
I – PRIMEIRO LAMENTO DE
JÓ: POR QUE NASCI? (3.1-10)
SUBSÍDIO
DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Para introduzir esta lição apresenta
os três pontos que formam seu eixo estrutural, ou seja, os três lamentos de Jó:
(1) Por que nasci? (2) Por que não nasci morto? (3) Por que continuo vivo?
Mostre a classe que essas três
perguntas representam toda a angústia que se abateu sobre a alma de Jó por meio
dos eventos que marcaram sua tragédia familiar, econômica e pessoal.
Tais perguntas podem sinalizar o
grau de estresse do patriarca, bem como do
ser humano, diante de um grande caos.
Os lamentos de Jó são a expressão da
dor humana diante do sofrimento.
1. “Por que nasci?”.
Uma resposta mais teológica possível:
Nascemos para dar início a uma vida infinda, inextinguível,
inexterminável, imortal”.
Ninguém vai morrer definitivamente, ninguém vai deixar existir;
Os perdidos estarão infindamente no inferno com o Inimigo das
nossas almas.
Nós, os salvos, remidos e lavados no Sangue do Cordeiro,
viveremos infindamente com Deus no Céu de Gozo;
A dor de Jó era profunda e somente a poesia
podia expressar toda a carga emocional vivida por ele.
Nesse
poema, os dez primeiros versículos do capítulo três são a respeito do primeiro
questionamento de Jó: Por que nasci?
Esse questionamento sai do íntimo de Jó, assim
como ocorre com a alma do salmista
” Das profundezas a ti clamo, ó Senhor.” (130.1).
Da mesma forma, o profeta Jeremias expôs os
sentimentos diante de seus conflitos
Maldito o
dia em que nasci; não seja bendito o dia em que minha mãe me deu à luz.
Maldito o
homem que deu as novas a meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho; alegrando-o com
isso grandemente.
E seja
esse homem como as cidades que o Senhor destruiu e não se arrependeu; e ouça
clamor pela manhã, e ao tempo do meio-dia um alarido.
Por que
não me matou na madre? Assim minha mãe teria sido a minha sepultura, e teria
ficado grávida perpetuamente!
Por que
saí da madre, para ver trabalho e tristeza, e para que os meus dias se consumam
na vergonha? (Jr 20.14-18).
Nesse sentido, o patriarca não está sozinho em
lamentar diante da dor.
HOJE:
Existem muitas situações na vida onde o mesmo lamento de Jó pode
ocorrer:
O endividado de alta soma sem potencial pagar a conta,
O doente terminal,
O condenado a prisão perpétua,
O condenado à morte,
Descendo no Monte no Engenho da Rainha, onde fui orar a sós,
ouvi um clamor muito alto de um Irmão que dizia: “Deus, Tua sabes que estou
gritando porque grande é a minha aflição...”
2. Que em lugar da
memória viesse o esquecimento.
A psicóloga Lílian
Stein, professora da PUC gaúcha, diz: “Lapsos
ocasionais são normais,
Já quem sofre de
amnésia, por doenças como o Alzheimer, em geral não percebe a perda de
memória”,[4]
Neste momento de dor, Jó não amaldiçoou a Deus, como Satanás previra; em vez disso, amaldiçoou
o dia de seu nascimento.
Nunca cabe maldição a Deus porque Ele é perfeito, coerente e
Justo.
No lugar de ser ocasião de grande celebração
pelo dia do nascimento de criança, Jó amaldiçoou esse dia por ocasião do grande
sofrimento e decepção.
Nós comemoramos.com alegria.
Por um tempo eu não entendia o porquê de parabenizar ao
aniversariante, sendo que Deus é quem dá e tira a vida. “O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz
descer à sepultura e faz tornar a subir dela” (1 Sm 2. 6).
Mas, depois, percebi que aniversariar em meio aos reveses da
vida e em parte um mérito pessoal.
Para o homem de Uz,
esse dia teria de ser apagado da memória.
“A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar
(evocar) informações”[5]
Não é possível deletar conscientemente o que está na memória. Só
Deus tem esta capacidade: “Ez 18. 21-24)
Não é assim que muitas vezes nos sentimos?
Um dia em que tudo foi mal e temos desejo de
nunca mais lembrá-lo.
Ah se pudéssemos nos esquecer dos maus dias!
Jeremias disse: “Disto me recordarei na minha mente; por isso
esperarei.” (Lm 3.21 - Almeida Corrigida e Revisada Fiel)
“Quero trazer à memória o que me
pode dar esperança” - ARA
Irmão, meu, lembre-se:
1.
A nossa
passagem aqui na terra é como uma sombra: “O homem é semelhante à vaidade;
os seus dias são como a sombra que passa.” (Sl 144. 4);
Sombra; “Silhueta que um corpo
desenha numa superfície quando ele se interpõe entre ela e o sol ou uma fonte
de luz”[6].
2.
Tudo juntamente contribui para o bem dos fiéis:
“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”
(Rm 8. 28);
3.
Vivamos
mais a vida espiritual, “Digo, porém: Andai em Espírito, e não
cumprireis a concupiscência da carne.” (Gl 5. 16);
3. Que em
vez da ordem viesse o caos.
O sofredor fica numa situação de constrangimento quando se sente
derrotado sozinho.
O caos generalizado pode de certa forma pode dar-lhe como
desculpa estar dentro de um contexto caótico”.
Receber um baixo salário
em tempo de pandemia ou crise, pode parecer mais aceitável do que o mesmo ganho
em tempo de prosperidade.
Mencionamos o desejo de Jó para que o dia de
seu nascimento não tivesse entrado no calendário e, que dessa forma, tanto esse
dia como essa noite jamais tivessem existido.
No lugar
da luz que raiou por ocasião do nascimento dele, e que revelou todo seu sofrimento,
o patriarca desejou que as trevas dominassem (vv. 4-7).
E por que? Porque em vez da paz veio a dor; em
vez da ordem, o caos. Desse dor; em vez da ordem, o caos.
Desse raciocínio, Jó menciona a imagem do
Leviatã. Este famoso e assombroso animal marinho simboliza o caos.
“Amaldiçoem aquele dia os que amaldiçoam os dias e são capazes
de atiçar o Leviatã” (Jó 3:8 – NVI).
Que esse
dia se transforme em trevas; que Deus, do alto, não cuide dele e sobre ele não
brilhe a luz. Que as trevas e as sombras o reclamem para si, que uma nuvem o
cubra e um eclipse o torne pavoroso. Que a escuridão se apodere desse dia, que
ele não se some aos dias do ano e não entre na conta dos meses. Que essa noite
fique estéril e fechada aos gritos de alegria. Que a maldigam os que maldizem o
dia, os que sabem despertar Leviatã. (Jó 3. 4-8 – Pastoral, Paulus).
O homem de Uz recorre a essa imagem para
ilustrar o momento tenebroso que estava vivendo.
A lógica é simples: Se Deus não tivesse feito
aquele dia, ele não teria sido concebido e, portanto, não passaria por tudo
isso.
Simples assim, né, Jó: “Se Deus não criasse o Ser Humano ninguém
sofreria...”.
Nesse sentido, o Novo Testamento revela como
nosso Senhor é misericordioso e nos trata com amor e ternura nos momentos de
tribulação e angústia, pois aos pés da cruz é o melhor lugar para derramar a
nossa alma (cf. Jo 11.32,33).
“Tendo,
pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés,
dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Jesus
pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham,
moveu-se muito em espírito, e perturbou-se.”
Sorte nossa! Jesus está conosco.
O Espírito Santos habita em nós
“Guarda o bom depósito pelo
Espírito Santo que habita em nós” (2 Tm 1. 14).
Mas se o “nosso irmão” tiver que morrer, morrerá; tudo tem o seu
tempo determinado:
“Há tempo de nascer, e tempo de
morrer” (Ec 3. 2)
SÍNTESE
DO TÓPICO I
O primeiro lamento de Jó revela seu desejo de
esquecer o dia em que nasceu.
II –
SEGUNDO LAMENTO DE JÓ: POR QUE NÃO NASCI MORTO? (3.11-19)
SUBSÍDIO
BÍBLICO-PEDAGÓGICO
“Por não haver a possibilidade de
voltar atrás no tempo e cancelar os acontecimentos que levaram ao seu
nascimento, Jó volta-se para a fase seguinte do seu lamento: Por que não morri
eu desde a madre? (11).
Muitos bebês nascem mortos; por que ele não teve a sorte de um deles?
Os joelhos da parteira e os peitos (12) da sua mãe deveriam ter falhado em
preservar a criança recém-nascida.
Se a morte tivesse sido o seu destino logo no início, então suas maiores
esperanças teriam sido alcançadas havia muito tempo- então, haveria repouso
para mim (13).
Entre os versículos 14 e 19 há observações acerca do fato de que todos os
homens são iguais diante da morte.
Os reis (14), os ricos (15), os maus 17) cessam de perturbar, e, ali,
repousam os cansados. Moffat interpreta o pensamento dos lugares assolados (14)
como ‘reis L.J que constroem pirâmides para si mesmos’.
Os presos não são mais incomodados por aqueles que os oprimiam (18) e
mesmo os escravos estão livres de seu senhor (19).
Em seu desespero, Jo pode apenas esperar pelo alívio que a morte poderia
lhe trazer” (CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF Earl C. (et al. Comentário
Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.34).
1.
Descansando em paz.
(Uma maneira de tentar fugir da realidade, pois “Á luz
tudo se manifesta – Ef 5. 13 );
Os intérpretes observam que o discurso de Jó a
partir do versículo onze muda de amaldiçoar para reclamar.
A partir desse versículo, Jó passa reclamar por
não ter nascido morto.
Para ele nascer
morto teria sido melhor do que existir naquelas condições (v.11-13).
Era a melhor maneira de não passar por toda
aquela tribulação.
Essas palavras de Jó revelam uma coisa: Ele
queria descanso de todo o seu sofrimento.
Considerando que se recebe um espírito individual já na
concepção, Jó nasceria predestinado à salvação
“Peso da palavra do Senhor sobre
Israel: Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o
espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1)
O que Jó pedia era uma possibilidade real, pois
muitos fetos nascem mortos (vv. 16).
Para ele a morte era uma forma de descansar em
paz (vv. 13-15).
Neste Tempo da Igreja (da Graça) sabemos que a morte é descanso
somente para os salvos.
2. Livre
de tribulações.
O dilema de Jó aumenta à medida que o seu
sofrimento ganha intensidade.
Ele continua com seu argumento da
“não-existência” (vv. 16-19). Ele está convencido de que se não tivesse se
tornado um “ser”, nada disso estaria acontecendo. Ele desejava ter sido como um
“natimorto”, um feto que nunca viu a luz (v.16).
A palavra hebraica nephel, usada no versículo
16 como “natimorto”, possui o sentido de “um aborto espontâneo” e é traduzido
dessa forma em Eclesiastes 6.3 e Salmo 58.8.
Aqui em nenhum momento Jó faz uma apologia ao
aborto, mas usa-o no sentido metafórico de “descanso do sofrimento”.
Uma forma de fugir do mundo real em que ele vivia.
No lugar de ter sido abortado, ele nasceu e foi
lançado no mundo da tribulação.
O raciocínio é claro: Para os que morreram
cessaram as angústias e tribulações da vida presente.
Eu te
louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito;
maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
Os meus
ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas
profundezas da terra.
Os teus
olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram
escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas
havia. (Sl 139. 14-16)
Nós, enquanto aqui estivermos, teremos uma “Leve tribulação”
Leve porque Deus nos ajuda.
3. Uma
realidade para o cristão.
O Novo Testamento nos ensina que enquanto
estivermos neste mundo estaremos sujeito à dor, ao luto, ao sofrimento (Fp
4.11,12).
Não digo isto como por
necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.
Sei estar abatido, e sei também
ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto
a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer
necessidade.
Mas, ao mesmo tempo, temos uma promessa
consoladora de Jesus
“No mundo tereis aflições, mas
tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (Jo 16. 33)
“Posso todas as coisas em Cristo
que me fortalece” (Fp 4. 13);
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um
peso eterno de glória mui excelente;” (2 Co 4. 17).
A nossa passagem na Terra é leve porque Deus nos dá Graça; momentânea
se comparada a eternidade.
Kairós – “Tempo”, especialmente um “ponto no tempo”, “momento”, “tempo
oportuno”, “oportunidade favorável”, “ponto justo”, “medida certa”, “lugar
apropriado”, “aquilo que é conveniente apropriado ou decisivo”.
Chronos – “Tempo”, “período de tempo”, “espaço de tempo, longo ou breve”.
SÍNTESE
DO TÓPICO II - O
segundo lamento de Jó revela o desejo de ter sido abortado.
III –
TERCEIRO LAMENTO DE JÓ: POR QUE CONTINUO VIVO? (3.20-26)
Se estamos vivos é sinal de duas coisas:
Deus tem uma Obra em nossas vidas e
Deus tem uma Obra através da nossa vida.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Jô veio à luz; ele foi trazido à Vida (20); Jó estava perdido e Deus o
encobriu (23). Tudo isso ocorre contra sua vontade ou, pelo menos, sem que ele
tenha alguma oportunidade de escolha. Em sua miséria ele espera a morte. A morte seria como tesouros Ocultos a serem
procurados ou algo de que ele poderia se alegrar sobremaneira (21-22).
Mas mesmo isso é negado a Jo. Moftat interpreta a primeira parte do
versículo 23: ‘Por que Deus dá à luz à um homem que está no fim de suas forças?
A miséria de Jó se tornou tão desmedida que seus gemidos (expressão de agonia)
se derramam como água (24) em uma corrente vasta e ininterrupta.
A Sua vida tornou-se tão difícil
que tudo que ele precisa fazer é temer por mais agonia, e isso, de fato,
acontece (25). O sofrimento de Jó não
tinha fim. Ele não teve qualquer oportunidade para experimentar descanso,
sossego e repouso.
Velo sobre mim a perturbação (26) pode ser traduzido apropriadamente como:
‘A perturbação vem continuamente’ ” (CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF,
Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de
Janeiro: CPAD, 2014, p.34).
1. Vale a
pena viver?
Nessa
terceira seção do capítulo três Jó faz uma quarta pergunta (3.20):
“Por que se dá luz ao miserável, e vida aos
amargurados de ânimo?”.
“Distante de Ti, SENHOR, não posso viver, não vale a pena
existir” (Diante do Trono)
As outras perguntas estão em 3.1; 3.12; 3.16. (sic)
11 Por que não morri eu desde a madre?
11 E em saindo do ventre, não
expirei?
12 Por que me receberam os joelhos?
12 E por que os peitos, para que
mamasse?
23 Por que se dá luz ao homem, cujo caminho é
oculto, e a quem Deus o encobriu?
A palavra hebraica amel, traduzida aqui como
“miserável”, é usada no sentido de alguém cuja vida é atribulada pela miséria e
que, por isso, torna-se incapaz de exercer suas funções.
Em outras palavras, para Jó a vida havia se
tornado intolerável.
O que uma pessoa deve fazer quando a sua vida se tornar
intolerável?
Respondeu-me no
Facebook a Dra. Ruth Freitas Freitas:
Mudar os hábitos,
tentar relaxar, passear um pouco, ler um bom livro, assistir um bom filme,
comer gordices, estamos vivendo tempos difíceis na terra, precisamos nos
adaptar ou nos tornamos péssima companhia.
2. Sem o
favor de Deus?
Jó novamente volta a indagar: “Por que se dá
luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus o encobriu?” (Jó 3.23).
“Para que dar luz a um homem que
não encontra caminho, porque Deus o cercou de todos os lados?” (Jó 3. 23 –
Pastoral, Paulus)
A pergunta busca o significado do sentido de
todo aquele processo.
Ela busca compreender o porquê de Deus permitir
o sofrimento.
Deus permite o sofrimento, mas dá Graça ao fiel..
Aqui há um paralelo com Provérbios 4.18, onde é
dito que “o caminho do justo é como a luz da aurora
que brilha mais e mais até ser dia perfeito”.
Na literatura sapiencial, a palavra hebraica
traduzida como “caminho” é derek e se refere ao caminho da sabedoria de Deus,
que conduz a vida.
Para o patriarca esse fato havia se tornado um
paradoxo, pois ele não sabia por que Deus escolheu para ele o caminho do sofrimento.
Deus não escolheu prioritariamente a Jó para o sofrimento; o
Todo-Poderoso achou nele capacidade de suportar o sofrimento resultante dos
ataques de Satanás?
De antemão Deus sabia que no final o Seu servo sairia
recompensado.
“Eis que temos por
bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes
o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.”
(Tg 5. 11)
3. Um
caminho de sabedoria e maturidade.
Muitas vezes sentimo-nos iguais a Jó,
desorientados, passando por uma via dolorosa do sofrimento.
E como ele, não imaginamos nem compreendemos
que Deus está agindo.
É preciso, porém, olhar para o alto onde Cristo
vive (Cl 3.1-4).
PORTANTO,
se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo
está assentado à destra de Deus.
Pensai
nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra;
Porque já
estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
Quando
Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis
com ele em glória.
Nele, podemos manter o equilíbrio e confiança
durante a tormenta e, assim, trilhar um caminho de sabedoria e maturidade no
sofrimento
SÍNTESE
DO TÓPICO III
O terceiro lamento de Jó revela a desistência
da vida por causa do sofrimento.
CONCLUSÃO
Nesta lição vimos o dilema de Jó.
Desconhecendo a razão das adversidades que se
abateram sobre ele, o patriarca não negou a Deus nem o amaldiçoou.
Todavia, ele expôs toda a sua humanidade, de
forma que o leitor que apenas o contempla sem, contudo, participar de seu
drama, tem dificuldade de entender seu lamento, principalmente, quando ele se
dirige a Deus.
E o lamento de um corpo ferido e de uma alma,
que mesmo amando a Deus, se derrama angustiada.
“Alegrai-vos na esperança, sede
pacientes na tribulação, perseverai na oração” (Rm 12. 12)
PARA
REFLETIR
Os dez primeiros versículos do capítulo três
são a respeito do primeiro questionamento de Jó: Por que nasci?
No lugar de ser ocasião de grande celebração
pelo dia do nascimento de criança, Jó amaldiçoou esse dia por ocasião do grande
sofrimento e decepção.
Os intérpretes observam que o discurso de Jó a
partir do versículo onze muda de amaldiçoar para reclamar.
A palavra “miserável” é usada no sentido de
alguém cuja vida é atribulada pela miséria e que, por isso, torna-se incapaz de
exercer suas funções.
O significado da palavra “caminho”? refere-se
ao caminho da sabedoria de Deus que conduz a vida.
CONSULTAS:
https://www.youtube.com/watch?v=IFzZ7IidVvs
(CHAPMAN,
Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares
de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.34).
https://tempoooderestituicaooo.blogspot.com/2019/04/porque-aquilo-que-temia-me-sobreveio
Projeto
Interdisciplinar apresentado à Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas
(EASA), como parte das exigências do CAS para a obtenção do Título de Sargento
Aperfeiçoado. 2º Sgt Andrigo Cristofari Grbice, 2º Sgt Diogo da Silva Leão, 2º
Sgt Claudecí Martins dos Santos, 2º Sgt Lucas Lacerda Maciel
file:///C:/Users/Enoque%20Nogueira/Downloads/3224-Texto%20do%20artigo-6502-1-10-20191127.pdf
https://mdemulher.abril.com.br/beleza/amnesia-e-lapsos-de-memoria-conheca-a-diferenca/#:~:text=Recordar%20%C3%A9%20viver&text=%E2%80%9CLapsos%20ocasionais%20s%C3%A3o%20normais.,com%20atividades%20simult%C3%A2neas%20ou%20excessivas.
[1] https://tempoooderestituicaooo.blogspot.com/2019/04/porque-aquilo-que-temia-me-sobreveio
[2] Projeto Interdisciplinar
apresentado à Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas (EASA), como
parte das exigências do CAS para a obtenção do Título de Sargento Aperfeiçoado.
2º Sgt Andrigo Cristofari Grbice, 2º Sgt Diogo da Silva Leão, 2º Sgt Claudecí
Martins dos Santos, 2º Sgt Lucas Lacerda Maciel
file:///C:/Users/Enoque%20Nogueira/Downloads/3224-Texto%20do%20artigo-6502-1-10-20191127.pdf
[3] (https://dicionario.priberam.org.);
[4] https://mdemulher.abril.com.br/beleza/amnesia-e-lapsos-de-memoria-conheca-a-diferenca/#:~:text=Recordar%20%C3%A9%20viver&text=%E2%80%9CLapsos%20ocasionais%20s%C3%A3o%20normais.,com%20atividades%20simult%C3%A2neas%20ou%20excessivas.
[5] ttps://www.google.com/search?q=mem%C3%B3ria&oq=mem%C3%B3ria&aqs=chrome..69i57.2621j0j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8
[6] https://dicionario.priberam.org/sombra